Você já ouviu falar da literatura epistolar? Segundo Renzo Júnior, essa é uma forma muito antiga de narrativa, que utiliza cartas para contar uma história. Por permitir que os autores revelem os sentimentos, pensamentos e perspectivas das personagens de maneira única, este continua sendo um dos mais amados tipos de literatura. Quer saber mais sobre esse gênero? Acompanhe!
Como surgiu o romance epistolar?
Conforme apresenta Renzo Júnior, os romances epistolares surgiram no século XVIII, com a inovação de Samuel Richardson que apresentou em sua obra “Pamela ou a virtude recompensada” uma nova maneira de contar histórias de amor. O romance, publicado em 1740, foi contado a partir de cartas que eram trocadas com a protagonista.
O público adorou esse novo gênero literário, o que fez com que ele continuasse a evoluir ao longo dos séculos, sendo adaptado para atender as expectativas das novas gerações. No século XIX, não só cartas, mas também documentos começaram a compor as tramas da época para revelar mais os personagens. Um exemplo claro pode ser observado na obra “As Aventuras de Sherlock Holmes” de Arthur Conan Doyle.
Quais são as características dessa narrativa?
Uma das características mais marcantes da literatura epistolar é a perspetiva íntima que é oferecida ao leitor. Como aponta Renzo Júnior, isso ocorre porque as cartas permitem que os personagens revelem seus pensamentos mais íntimos, transparecendo a emoção que sentem, o que deixa o leitor mais engajado e mais próximo dos personagem.
Ainda, esse formato pode promover diversas vozes à narrativa, possibilitando a consolidação da perspectiva de vários personagens. Dessa maneira, cada carta pode ser escrita por diferentes personagens, transparecendo suas intenções e relações uns com os outros dentro da trama. Esse estilo oferece uma visão mais completa e multifacetada da história.
Quais são as histórias mais notáveis desse gênero?
Muitas narrativas se destacam nessa forma de contar história, entre elas está “Drácula” de Bram Stoker, publicado em 1897. Como comenta Renzo Júnior, esse famoso romance epistolar é um clássico terror apresentado através de cartas, diários e recortes de jornais que fazem o leitor experimentar a história sobre múltiplas perspectivas.
“O diário de Anne Frank” também merece reconhecimento entre as mais populares obras do gênero. Diferente de “Drácula”, essa narrativa consiste em um relato real sobre a Segunda Guerra Mundial, sendo contada através do diário pessoal de Anne Frank. Essa história permite que o leitor sinta de perto as emoções enfrentadas pelas pessoas que viveram durante o período de guerra.
Em resumo, como alude Renzo Júnior, apesar de terem se passado dois séculos desde seu surgimento, a literatura epistolar continua a ser um dos mais fascinantes gêneros literários. Portanto, se você ainda não experimentou embarcar nesse estilo de literatura, corra atrás de obras como “Pamela ou a virtude recompensada”, ou “O diário de Anne Frank” e seja conquistado pelo gênero.