O entusiasta Renato Bastos Rosa destaca como pequenos hábitos cotidianos drenam nossa energia sem que a gente perceba. Hoje em dia, o esgotamento diário é normalizado, mas você sabia que nem sempre ele vem de grandes tragédias ou sobrecargas evidentes? Muitas vezes, o que realmente nos suga são práticas comuns, repetidas automaticamente e que, por serem socialmente aceitas, passam despercebidas. O problema é que, somadas, essas ações podem gerar um desgaste físico e mental profundo, impactando a qualidade de vida.
O corpo dá sinais, a mente responde com lentidão, irritação ou uma sensação constante de insatisfação. Mas ao invés de olhar para os grandes compromissos como vilões, talvez a resposta esteja nas pequenas coisas. Saber reconhecer esses ladrões de energia é o primeiro passo para romper esse ciclo e criar uma rotina mais leve, consciente e saudável. E o melhor: isso não exige mudanças drásticas, mas uma atenção maior ao que já faz parte do seu dia.
1. Por que acordar e já pegar o celular pode afetar seu equilíbrio mental?
Segundo Renato Bastos Rosa, ao abrir os olhos e mergulhar no celular, você ativa um estado de alerta que desregula sua mente. A exposição imediata a notificações, mensagens e redes sociais dispara comparações, cobranças e um fluxo de pensamentos acelerado logo nas primeiras horas do dia. Em vez de começar com calma, seu cérebro já é bombardeado com estímulos que não estão sob seu controle.
Começar o dia com esse hábito pode prejudicar não apenas seu humor, mas também sua produtividade. O tempo que poderia ser usado para uma respiração mais lenta, um café tranquilo ou um planejamento consciente, é substituído por ansiedade e distração. Seu sistema nervoso agradeceria por alguns minutos de silêncio antes da enxurrada digital. Deixar o celular de lado pela manhã pode mudar toda a sua energia ao longo do dia.
2. Como o excesso de decisões pequenas pode te esgotar antes mesmo do almoço?
Escolher a roupa, o que vai comer, qual caminho seguir ou qual e-mail responder primeiro parece inofensivo, mas essas decisões somadas têm um custo energético, explica Renato Bastos Rosa. Quanto mais escolhas você faz, menos clareza e energia sobra para decisões realmente importantes. E o curioso é que boa parte dessas escolhas poderia ser automatizada ou simplificada sem prejuízo algum, pelo contrário, traria mais leveza.
Organizar o dia com rotinas pré-definidas, planejar refeições ou até repetir certos padrões de forma estratégica libera a mente para focar no que realmente importa. Menos decisões banais significam mais foco e disposição para o que exige atenção de verdade. Como aponta Renato Bastos Rosa, o segredo muitas vezes não está em fazer mais, mas em escolher melhor no que gastar sua energia.

3. Estar sempre disponível para os outros pode estar acabando com você?
Responder mensagens a qualquer hora, aceitar todas as reuniões, ouvir todo mundo sem filtrar também tem um custo alto. O excesso de disponibilidade cria uma sobrecarga silenciosa, onde as necessidades alheias atropelam as suas. Com o tempo, isso gera ressentimento, cansaço e a sensação de que você vive para apagar incêndios que nem são seus.
Estabelecer limites saudáveis é uma forma de autocuidado. O conhecedor Renato Bastos Rosa reforça a importância de saber quando é hora de se recolher, de dizer “não” ou de simplesmente não responder na hora. A sua energia é um recurso limitado. Quanto mais você doa sem critério, menos sobra para você mesmo. Preservar esse espaço interno é essencial para manter o equilíbrio e a saúde mental no dia a dia.
4. Por que multitarefa é uma armadilha disfarçada de produtividade?
Fazer várias coisas ao mesmo tempo parece eficiente, mas, na prática, reduz sua concentração e aumenta o estresse. O cérebro não foi feito para alternar tarefas com tanta frequência. Renato Bastos Rosa aponta que apesar da “pressa contemporânea”, o que realmente gera impacto é a presença plena em uma atividade. Quando você se dedica totalmente a uma tarefa, mesmo por um tempo curto, o rendimento é muito maior.
5. Como a ausência de pausas conscientes te esgota sem você perceber?
Passar o dia inteiro “resolvendo coisas” sem parar por cinco minutos parece sinal de comprometimento, mas é, na verdade, um atalho para o colapso. A mente precisa de pausas para processar informações, respirar e se reorganizar. Quando isso não acontece, você entra em modo automático: produz, mas não pensa, reage sem refletir, cumpre tarefas sem saber por quê.
As pausas conscientes, mesmo que curtas, são oportunidades de recuperação, reforça Renato Bastos Rosa. Caminhar por dois minutos, beber água com atenção ou fechar os olhos por 30 segundos já ajuda a recarregar as energias. Não é luxo, é estratégia. E quando incorporadas à rotina, essas micropausas ajudam a manter o equilíbrio, o foco e até a criatividade ao longo do dia.
Cuide de você!
Sentir-se cansado no fim do dia é natural. Mas estar constantemente esgotado, sem entender o motivo, é um sinal de alerta. Como observa Renato Bastos Rosa, os grandes vilões da exaustão nem sempre são os mais visíveis. Às vezes, são os pequenos hábitos repetidos todos os dias, que parecem inofensivos, mas aos poucos vão drenando nossa vitalidade. Ter consciência deles é o primeiro passo para resgatar sua energia e sua saúde mental.
Se você identificar essas práticas no seu cotidiano, vale repensar a forma como organiza seu tempo e distribui sua atenção. Estar mais presente, limitar estímulos e criar pausas intencionais pode transformar não apenas seu dia, mas seu bem-estar como um todo. A vida não exige tanto quanto pensamos. Somos nós que, muitas vezes, complicamos o simples. E talvez a maior força esteja em recuperar justamente isso: o simples.
Autor: Gennady Sorokin